Um dos maiores obstáculos da vida é o medo de perder, sobretudo o medo de perder alguém a quem amamos.
Quando o medo surge, muita coisa vem junto: a insegurança diante de uma crítica, uma atitude diferente que passamos a interpretar como rejeição, a solidão que inconscientemente passamos a viver, entre tantas coisas. E tudo começa quando passamos a pensar que podemos nos tornar dispensáveis a esse alguém.
O problema está justamente nisso: nós passamos a vida inteira com medo de tornarmos algo que nós já somos: TOTALMENTE DISPENSÁVEIS!
O homem por definição é dispensável, transitório, efêmero e isso é bastante real. Em todas as relações que temos, somos substituíveis.
O medo de perder nos dá a entender que as coisas só valem se forem eternas, se forem permanentes e duráveis. Uma relação só tem valor se tivermos garantia de que a vida sempre será assim como é. E, como tudo é transitório, como tudo é passível de transformação, o medo de perder nos leva a um estado contínuo de sofrimento.
Passamos a vida nos desgastando, tentando provar que somos os melhores do mundo para quem amamos e com isso perdemos a beleza do presente.
O medo nos torna incapazes de vivermos a gratuidade da vida.
Cada pessoa é única e exclusivamente dela mesma. Podemos perder roupas, sapatos, documentos, porém jamais podemos perder uma pessoa.
Constatação: Ninguém pode acabar com o risco do amor, por isso só é possível estar em estado de amor quando sabemos estar em um estado de risco.
Verbalizando 